Segundo Florestan Fernandes, os ex-escravos
foram deixados à própria sorte e sem capital social, ou seja, sem o conjunto de relacionamentos sociais influentes que uma família ou um indivíduo tem para a sua manutenção e reprodução, logo os ex-escravos perceberam que a luta pela liberdade fora apenas o primeiro passo para a obtenção da igualdade ou se, se quiser, para a igualdade racial, pois o racismo não só permanecia como inércia ideológica, como também orientava fortemente a sociedade brasileira no pós-abolição. Tornou-se necessário lutar pela ‘segunda abolição’ (BASTIDE e FERNANDES, 1955, FERNANDES, 1978)
e os negros perceberam rapidamente que tinham que mobilizar-se para ascender socialmente, com o intuito de superar a exclusão e a miséria.
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